Ilusões da Teologia Gay e seus Perigos à Família

A ordenação de homossexuais ao ministério pastoral, a realização de cerimônias de casamento entre pessoas do mesmo sexo, movimentos sociais e grandes passeatas promovidos por ativistas e simpatizantes do homossexualismo, Projetos de Leis que censuram o direito das pessoas de se manifestarem contrárias à prática homossexual, reinterpretação do conceito de família e outros fatos presentes em nossa época, são resultados de uma construção histórica, de movimentos sociais e religiosos.

I – ANTECEDENTES HISTÓRICOS

Dallas (1998, p. 68 ss) nos informa que a origem do movimento dos direitos dos homossexuais nos EUA pode ser traçada até 1950, com a fundação da Sociedade Mattachine (para homossexuais de ambos os sexos) e as Filhas de Bilitis (uma organização para lésbicas). Os objetivos do movimento eram melhorar a imagem pública dos homossexuais, descriminalizar as relações homossexuais e conseguir para eles a participação na vida americana.

Cinco anos depois, em 1955, foi publicada a primeira obra desafiadora à concepção bíblica do homossexualismo, pelo Dr. Derrick S. Bailey, teólogo anglicano que argumentava em seu livro Homosexuality and western Christian tradition, que a destruição de Sodoma (Gn 19) não teve por causa as práticas homossexuais, mas a falta de hospitalidade.

Em 1967 o livro Homosexual behavior among males, de Wainwright Churchill, favorável ao homossexualismo, pediu uma nova moral na esfera sexual.

Paralelo ao lançamento de publicações que defendiam a causa gay, dando fundamentações bíblico-teológicas para a mesma, crescia o movimento social dos ativistas homossexuais e simpatizantes.

Em 1968 foi formada a primeira denominação a favor do homossexualismo, pelo ex-pastor pentecostal de 28 anos Troy Perry. A denominação foi chamada de Universal Fellowship of Metropolitan Community Churches (UFMCC).

As tensões sociais fortalecidas pelo clima de insatisfação com a guerra e contra o “sistema” culminaram com a Rebelião de Stonewall:

“um conjunto de episódios de conflito violento entre gays, lésbicas, bissexuais e transgêneros e a polícia de Nova Iorque que se iniciaram com uma carga policial em 28 de Junho de 1969 e duraram vários dias. Tiveram lugar no bar Stonewall Inn e nas ruas envolventes e são largamente reconhecidos como o evento catalizador dos modernos movimentos em defesa dos direitos civis LGBT. Stonewall foi um marco por ter sido a primeira vez que um grande número de gente LGBT se juntou para resistir aos maus tratos da polícia para com a sua comunidade, e é hoje considerado como o evento que deu origem aos movimentos de celebração do orgulho gay” (Wikipédia).

Foi na década de 90 que o Movimento Gay Cristão buscou obter mais espaço e reconhecimento na Comunidade Cristã, com a tentativa da Associação Universal da Metropolitan Community Church (UFMCC) de filiar-se ao Conselho Nacional de Igrejas (NCC), porém, sem sucesso.

Segundo Dallas (idem, p. 102), o discurso e as reivindicações sociais e religiosas evoluíram da seguinte forma:

1. Na esfera social:

a) “Somos seres humanos; tratem-nos de modo justo” (1950-1959);

b) “Somos normais e tão bons como qualquer outra pessoa” (1969-1979);

c) “Não toleramos nenhuma oposição pública ao nosso ponto de vista (1979 até os dias atuais).

2. Na esfera religiosa:

a) “Deus também nos ama” (1969-1976);

b) “Deus não só nos ama, mas também concorda que sejamos homossexuais” (1976-1979);

c) “Qualquer pessoa que diga que não podemos ser homossexuais e cristãos precisa ser silenciada” (1980 até os dias atuais)

II – O QUADRO ATUAL NO BRASIL

Na sociedade brasileira o movimento homossexual vem ganhando força e espaço, através da manifestação pública de pessoas famosas e influentes, grandes passeatas e manifestações, novelas e documentários que tratam com naturalidade o assunto, apoio de alguns membros da comunidade científica, de partidos e representantes políticos.

1. O Quadro Social

Neste contexto, a fim de legitimar a prática homossexual e de calar os que contra ela se levantam por qualquer motivo, a comunidade gay espera ansiosamente que o PLC 122/06, que tramita no Senado Federal, seja aprovado sem restrição alguma. O referido Projeto de Lei, da então Deputada Iara Bernardi, foi alterado através de um substitutivo da Senadora e relatora Fátima Cleide (PT-RO), ficando o seu texto da seguinte forma:

Projeto de Lei da Câmara nº 122, de 2006 (Substitutivo)

Altera a Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, e o § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, para punir a discriminação ou preconceito de origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero, e dá outras providências.

Art. 1º A ementa da Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com a seguinte redação: “Define os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)

Art. 2º A Lei nº 7.716, de 5 de janeiro de 1989, passa a vigorar com as seguintes alterações:

“Art. 1º Serão punidos, na forma desta Lei, os crimes resultantes de discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.” (NR)

“Art. 8º Impedir o acesso ou recusar atendimento em restaurantes, bares ou locais semelhantes abertos ao público.

Pena: reclusão de um a três anos.

Parágrafo único: Incide nas mesmas penas aquele que impedir ou restringir a expressão e a manifestação de afetividade em locais públicos ou privados abertos ao público de pessoas com as características previstas no art. 1º desta Lei, sendo estas expressões e manifestações permitida às demais pessoas.” (NR)

“Art. 20. Praticar, induzir ou incitar a discriminação ou preconceito de raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero.

Pena: reclusão de um a três anos e multa.” (NR)

Art. 3º O § 3º do art. 140 do Decreto-Lei nº 2.848, de 7 de dezembro de 1940 – Código Penal, passa a vigorar com a seguinte redação:

“§ 3º Se a injúria consiste na utilização de elementos referentes a raça, cor, etnia, religião, origem, condição de pessoa idosa ou com deficiência, gênero, sexo, orientação sexual ou identidade de gênero:

................................................................................................” (NR)

Art. 4º Esta Lei entra em vigor na data de sua publicação.

Sala das Comissões, de 2009.

Como se percebe, o substitutivo do PLC 122/06 continua com o seu texto muito vago, podendo em sua interpretação proibir e punir qualquer manifestação de natureza religiosa, filosófica, psicológica, científica etc., que não aprove a prática homossexual, mas, que respeite o homossexual como pessoa.

Outra questão grave é o fato de algumas lideranças cristãs apoiarem candidatos do Partido dos Trabalhadores, que abertamente manifestam apoio ao PLC 122/06.

2. O Quadro religioso

Em termos de Movimento Homossexual Cristão, alguns sites estão promovendo o referido Movimento abertamente, como é o caso do http://www.todosdejesus.fr.gd/, da Igreja Progressista de Cristo, que em sua declaração de fé afirma:

  • Cremos em um único Deus, que é Pai, Filho, e Espírito Santo.
  • Cremos na Bíblia como escritura sagrada, inspirada e infalível.
  • Cremos que através do estudo das escrituras sagradas a igreja deve progredir.
  • Cremos ser o desejo de Deus que sejamos felizes nesta vida e na vida eterna.
  • Cremos que, como Igreja de Cristo, somos o germinar da semente plantada por ele no início.
  • Cremos que a igreja deve progredir até a plenitude do evangelho.
  • Cremos que devemos lutar por causas justas.
  • Cremos que todas as pessoas são aceitáveis e recuperáveis para Deus, sem predileção.
  • Cremos que Deus preza e abençoa todos os relacionamentos dignos e respeitáveis fundamentados no amor.
  • Cremos que o Amor e a Bíblia devem ser inseparáveis como diretrizes para a Igreja.

Acontece que, ao tratar do tema Bíblia e sexualidade, a Igreja Progressista de Cristo afirma:

a) Sobre Sodoma e Gomorra: “O mundo está cheio de pregações impiedosas e preconceituosas contra os homossexuais baseadas no texto de Gênesis 19.1-29 que fala da destruição de Sodoma e Gomorra. [...] “Por fim, mesmo que os homens quisessem realmente abusar sexualmente dos visitantes à força, o texto ainda assim não estaria condenando a homossexualidade, e sim a violência, inospitalidade e estupro por parte de uma gangue, e isso é pecado em qualquer sociedade, hetero ou homossexual”.

b) Sobre Levítico 18.22: “Hoje, parece ser um tanto difícil encontrar, com exceção dos judeus ortodoxos, alguém que pratique os preceitos de ‘levíticos’ em sua íntegra. Ao contrário, o que se vê é a utilização desta passagem bíblica apenas para condenar e julgar. Infelizmente, é o lado imperfeito do homem julgando o seu próximo. Em todos os comentários é citado ‘levítico’, mas os que o mencionam, esquecem que ao justificar a proibição da homossexualidade através desta ou daquela passagem bíblica, estão presos à necessidade de se aderir a toda a lei do ‘velho testamento’. Tiago deixa isso claro (Tg 2. 10) “Porque qualquer que guardar toda a lei, e tropeçar em um só ponto, tornou-se culpado de todos”.

c) Sobre a amizade de Jônatas e Davi: “Há comentaristas que dizem que a idéia de que existia um tipo de relacionamento homossexual entre Jônatas e Davi é totalmente absurda e desprovida de lógica. Na verdade estas pessoas não estão sendo sinceras; porém, não é correto fazer afirmações de coisas que a Bíblia não diz; portanto colocarei minhas conclusões baseadas apenas nas afirmações da Bíblia. O leitor sincero da Bíblia dirá que as passagens parecem sugerir no mínimo uma leve atração amorosa entre os dois”.

d) Sobre Romanos 1.27: “Para alguns a homossexualidade é condenada simplesmente porque Paulo usou a palavra ‘antinatural’. Não se sabe nem mesmo se nesse texto Paulo está falando de homossexuais. O texto dá mais margem para que se perceba que Paulo está censurando homens e mulheres heterossexuais que estavam praticando homossexualidade apenas por devoção às divindades, e não de pessoas que fossem realmente homossexuais. Uma prova disso seria o termo grego utilizado por Paulo. A palavra para “praticar”, “fazer” em grego é “ergotzumai”, porém Paulo coloca o vocábulo “Kat” antes da palavra, “katergotzumai” significa algo que é feito com dificuldade, contra a vontade. Sabemos que os homossexuais amam outros homens sem dificuldade, não é algo feito contra a vontade [...]. O significado disto é que a palavra não quer dizer algo abominável ou pecaminoso, apenas um modo não comum de agir”.

e) Sobre Romanos 1.26: “Em primeiro lugar este versículo não está se referindo às lésbicas; não há nada no versículo que indique isso, nem no contexto, nem nos escritos de Paulo, nem em toda a bíblia. ‘Contra a natureza’ não indica que tinham relações com outras mulheres, pois existiam muitas práticas sexuais na cultura judaica consideradas contra a natureza; especialmente mulheres que praticavam sexo anal com seus maridos para evitar a gravidez. Pensamos em lésbicas apenas quando colocamos o vs. 27 antes do 26”.

Um outro site é o http://www.igrejacontemporanea.com.br/ (Igreja Contemporânea), fundada pelo pastor Marco Gladstone e seu companheiro Fábio Inácio. Dentre alguns artigos publicados, chamo a atenção para o texto abaixo:

“Não é de hoje que abertamente alertamos sobre o fato de homofóbicos terem forçado as editoras bíblicas a manipularem as traduções dos idiomas originais bíblicos para palavras que pudessem banir e acusar homossexuais em suas comunidades. Foram séculos de manipulação homofóbica nas igrejas nos textos de 1 Coríntios 6.9 e 1 Timóteo 1.10. Pois é, as palavras homossexuais, sodomitas e, em algumas versões até a palavra homossexuais, foram propositadamente fraudados para acusar aos homossexuais. Quantos gays e lésbicas foram moralmente humilhados, denegridos e excluídos dentro das igrejas que usaram manipulações bíblicas. Fiquei repleto de alegria ao saber de uma matéria postada no Jornal “USA Today” de 08/07/2008 e creio que em breve haverá uma enxurrada de ações na justiça brasileira contra editoras bíblicas, igrejas e religiosos. Editores de Bíblias são processados pelas referências à homossexualidade. Um cidadão do Michigan, EUA, está pedindo 70 milhões de dólares a duas editoras de bíblias por transtornos emocionais e instabilidade mental que foi submetido nos últimos 20 anos devido a versões da bíblia que indicam a homossexualidade como pecado. Segundo o USA Today, Bradley LaShawn Fowler, um homem homossexual, alega que os seus direitos constitucionais foram violados pela Zondervan Publishing Co. e a Thomas Nelson Publishing, por terem causado dano deliberadamente às pessoas homossexuais devido a interpretações errôneas da bíblia. Fowler indica que as mudanças feitas deliberadamente a 1 Coríntios 6.9 levaram a que ele "ou qualquer pessoa homossexual a ser sofrer agressões verbais, discriminação, situações de ódio e violência física... incluindo assassinato. Segundo Fowler, embora a bíblia seja passível de múltiplas traduções, a utilização específica da palavra ‘homossexual’ não é uma tradução, mas sim uma mudança intencional refletindo uma opinião pessoal ou a conclusão de um grupo” (www.usatoday.com/news/religion/2008-07-09-gay-bible_N.htm).

Para defender a idéia de que a Bíblia não condena a homossexualidade, foi publicado o livro “A Bíblia sem preconceitos”, disponível para venda no próprio site.

A expressão: “Fiquei repleto de alegria ao saber de uma matéria postada no Jornal “USA Today” de 08/07/2008 e creio que em breve haverá uma enxurrada de ações na justiça brasileira contra editoras bíblicas, igrejas e religiosos”, demonstra bem o sentimento e o desejo daqueles que querem silenciar os que pensam e se posicionam contrários a este movimento.

O site ainda afirma:

“A Bíblia não condena a homossexualidade (o termo homossexualismo é inapropriado), mesmo com esta afirmação, não pretendemos receber o rótulo: “igreja gay”, ou um ministério direcionado apenas à comunidade GLBT, muito embora não neguemos um real compromisso em levar o amor de Deus a estes, já que são tão rejeitados pelas igrejas. Temos muitos homossexuais em nosso ministério, porque somente em nossa igreja eles podem viver a sua orientação sexual como bênção de Deus, mas freqüentam nossa igreja famílias, crianças, pais, mães... independente da orientação sexual”.

III – JESUS CRISTO ERA GAY?

Apesar de parecer absurdo, a pergunta acima é respondida positivamente por alguns ativistas do movimento homossexual. Observe os textos abaixo, escritos pelo Doutor em Antropologia Luiz Mott, extraídos do site http://www.gaybrasil.com.br/:

“se dermos crédito aos relatos dos quatro evangelistas, podemos detectar diversas passagens da biografia ou do mito de Cristo que permitem identificá-lo muito mais com a cultura gay do que com a dos machos heterossexuais. Alguns exemplos: um judeu chegar aos 33 anos sem se casar colocava sérias dúvidas sobre sua masculinidade; Jesus é delicado demais para o padrão machista de seu tempo: ‘olhai o lírio dos campos...’, ‘deixai vir a mim as criancinhas...’ são expressões muito mais próximas da cultura gay do que de machões; o gesto de lavar os pés dos discípulos, na última ceia, jamais seria realizado por macho algum, pois era atividade exclusivamente feminina (e atenção: Jesus mandou que seus discípulos seguissem seu exemplo, ordem explícita em favor da androginia!); a relação de Jesus com Maria Madalena, Marta e Maria e com as demais mulheres que o seguiam, lembra mais a relação dos gays com mulheres-simpatizantes, sem envolvimento sexual, do que a relação dos homens heterossexuais com as filhas de Eva”.

E mais:

“Jesus tinha uma relação especial, uma amizade particular com João Evangelista, reconhecido pelos apóstolos como ‘o discípulo que Jesus amava’. Quando se conheceram João tinha mais ou menos 15 anos, Jesus 30. [...] Quando chegam os soldados para prender Jesus, Judas o beija – gesto delicado comum entre homens da época. Neste instante, diz o Evangelho de Marcos, que no meio da noite, um discípulo saiu correndo nu, deixando cair o lençol que o envolvia. Cena estranha e comprometedora essa de um acompanhante próximo de Jesus estar sem roupa, e fugir enrolado apenas num lençol. Onde tem fumaça tem fogo!”

Para concluir, o texto afirma:

“Portanto, ao celebrar no ano 2000 o segundo milênio do nascimento de Jesus Cristo, seria esta uma excelente oportunidade para o movimento homossexual internacional reivindicar nossa participação nesta festa maravilhosa, pois há mais de 500 anos os homossexuais reivindicam Jesus como membro de nossa confraria [...] E se Jesus estivesse vivo, se perguntasse a ele de que lado gostaria de ficar, do lado dos machões ou do lado das criancinhas e dos lírios do campo, não tenho dúvida que ficaria da nossa banda, do lado dos gays!”

IV – QUESTÕES DE ORDEM PRÁTICA E PASTORAL

Em alguns lugares ainda é um tabu tratar sobre a questão homossexual. De qualquer forma, o que não se pode é tentar fugir da realidade e de uma necessidade clara. Será que a igreja está preparada para lidar com a esta questão? Seria relevante abordar tal assunto num culto de doutrina?Para responder a estas indagações observe os seguintes pontos:

a) Muitas famílias na igreja possuem em seu seio um homossexual (homem ou mulher);

b) Muitos irmãos trabalham com homossexuais;

c) Nossos filhos estudam com homossexuais, e professores homossexuais lhes ensinam;

d) Há pais crentes que proíbem seus filhos de fazer qualquer trabalho escolar, inclusive de sentar ao lado na escola de colegas com tendências homossexuais;

e) Pais crentes desinformados tratam mal os filhos que manifestam algum tipo comportamento homossexual;

f) Parece que alguns enxergam o homossexualismo como um pecado maior que os outros, o que não é verdade;

g) É provável que haja casos de crentes, que nem evangelizam os homossexuais, motivados por algum preconceito ou discriminação;

h) Outros, ao se depararem com algum homossexual, quando não verbalizam, pensam o seguinte: “Sangue de Jesus tem poder!”;

i) Quando um homossexual vai visitar a igreja, há crentes que fazem questão de sentar distante;

j) Quando um homossexual se converte, poucos são os capacitados na igreja para discipulá-lo e apoiá-lo;

k) Crianças, adolescentes, jovens cristãos e até adultos, são ridicularizados por alguns na igreja, quando estes percebem qualquer comportamento homossexual neles;

l) Existe nas igrejas homossexuais que estão lutando para viver segundo a palavra de Deus e não cair em pecado. Quem está dando assistência espiritual aos tais?

m) Para muitos crentes, o problema do homossexualismo se resume em duas palavras: “safadeza” ou “demônio”, o que é um equívoco tais generalizações;

n) A igreja anda desinformada quanto aos projetos que circulam nas câmaras municipais, assembléias legislativas, Câmara e Senado Federal, que de maneira arbitrária tentam impor leis que tentam relativizar a moral e silenciar a igreja.

Esta lista poderia ser maior, mas resolvi parar por aqui.

Será que o descrito acima não é verdade, ou não faz parte do nosso dia-a-dia? Será que não é o suficiente para uma tomada de consciência acerca da necessidade de abordar tais questões na igreja?

Não se trata aqui de uma apologia ao homossexualismo, pois não fazemos apologia ao pecado, tratamos sim, da necessidade de orientar a igreja para não ter uma atitude hostil e discriminatória, contrária ao que Jesus ensinou e viveu nos evangelhos. Ele ensinou que é possível amar o pecador sem compactuar com o pecado. Como já sabemos, amor só se prova na prática!

V – CONSIDERAÇÕES FINAIS

a) O tema cristianismo e homossexualidade precisam ser tratados nas tribunas de nossas igrejas com clareza;

b) Os cristãos precisam estar informados sobre os acontecimentos no meio político e social, para evitar qualquer nível de alienação;

c) Nenhum cristão deve ter uma postura agressiva ou discriminatória para com a pessoa de qualquer homossexual, mas, não é obrigado a aceitar a prática homossexual como algo “natural”, devendo ter liberdade para expressar seus pensamentos e idéias;

d) Pode-se observar que a fé cristã ortodoxa, mais do que apenas chavões e frases de efeito, precisa de argumentações e fundamentações sólidas, fruto de uma exegese bíblica e de hermenêutica histórico-gramatical, capaz de refutar os argumentos da Teologia Gay;

e) Na medida em que os movimentos sociais pró-homossexualidade crescem e os fundamentos bíblicos são atacados, na mesma proporção, o conceito e valores familiares tradicionais são mudados ou simplesmente descartados.

Pr. Altair Germano da Silva (Semana Teológica, 4 e 5 de Dezembro de 2009)

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