Chegamos ao limiar das inovações. Inovações estas que dominam todo o cenário sejam na Igreja, na política, na economia, na geografia e na história. O quadro do mundo atual é caótico. A fé do mundo está morrendo. O fogo que ardeu no século passado e impulsionou a Igreja da geração anterior, rompendo fronteiras geográficas e culturais, tem-se enclausurado entre quatro paredes, tentando “preservar” aqueles veteranos da fé.
Por mais que lutemos para preservar a identidade da Igreja (visível), o cristianismo puro e simples (nas palavras de C. S. Lewis) está cada dia mais minguado. Para mudar o atual estado em que nos encontramos, temos de agir. Como diz Hank Hanegraff, “um câncer está devorando a Igreja de Cristo. Ele precisa ser extirpado”. Algo tem de ser feito. Mas o que faremos ante as novas tendências?
Primeiro, devemos entender o que são tendências teológicas. Essa compreensão envolve as primeiras duas palavras do tema proposto. Como o léxico Aurélio define:
- Tendência, do latim tendentia, “inclinação”, “propensão”, “vocação”, “pendor”, “força que determina o movimento de um corpo”, “intenção”, “disposição”. É a mudança do original por influência do meio em que está inserido.
- Teologia, do grego theología, “estudo das questões referentes ao conhecimento da divindade, de seus atributos e relações com o mundo e com os homens, e à verdade religiosa”, “estudo racional dos textos sagrados, dos dogmas e das tradições do cristianismo”, “tratado acerca das verdades absolutas de Deus”.
Tendências Teológicas são mudanças licenciosas dos conceitos imutáveis de Deus promovidos por aqueles que negando a fé original, enredam em tornar convenientes suas doutrinas falsas, entremeando verdades absolutas com mentiras advindas de seus delírios malignos. Em simples palavras, é a secularização da teologia, fruto da aversão aos pensamentos de Deus.
Segundo, devemos buscar mais a Deus de forma sincera para não incorrermos nos mesmos erros daqueles que dizendo conhecer a Deus, negam com suas obras. É-nos necessário voltar à Palavra como o faziam os crentes de Beréia, “examinando cada dia nas Escrituras se estas coisas eram assim” (At 17.11). É tempo de amadurecermos na “fé que uma vez foi dada aos santos” (Jd 3).
É lamentável ainda termos em nossos dias crentes volúveis que desprezam as Escrituras e abraçam, sem discernimento, modismos, inovações, falsos ensinos, doutrinas falsas, burlarias teológicas e mensagens que mais parecem com espiritismo e terapias de auto-ajuda do que o verdadeiro evangelho. Ou nos voltamos às Sagradas Escrituras como única fonte suficiente do conhecimento de Deus, ou brevemente não seremos mais o povo barulhento que perturbava as nações.
Terceiro, devemos clamar a Deus para que envie ceifeiros para sua seara. Ceifeiros da Palavra, que fale a verdade, que impunha a espada que é a Palavra de Deus (Ef 6.17), que tragam luz às trevas que cobrem as mentes da maioria dos cristãos que foram ensinados a acreditar em tudo o que os seus líderes e esqueceram-se de conferir com as Escrituras.
Que o Senhor desperte em nós o fogo da sua Palavra que arde em nós quando há exposição da sua verdade e que, à semelhança dos discípulos no caminho de Emáus, a despeito da noite em que se encontravam, corramos para anunciar a verdadeira boa nova do Evangelho.
Sola Scriptura!
Nilonei Ramos da Silva Parente
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